sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Ahh o amor...

Não sei porque mas toda vez que penso em escrever sobre o amor tento achar inspiração para redigir uma poesia...
Tento traduzir em versos limitados o que pra mim só tem razão de ser num texto livre.
Prosa...
Aquela construção que no início parece ser infinita, cheia de possibilidades, que nasce, nua como se não tivesse nada a perder.
Às vezes tento ser mais substancial, falar difícil, usar termos complexos, exprimir o que acontece em mim como uma bula de remédio que expõe sua finalidade.
Tento filosofar, ser racional, pensar....
Que impulso é esse que me distancia de mim?
Quando na verdade é esse próprio impulso que me possibilita o auto conhecimento.
Eu quis tanto me perder e hoje me procuro no emaranhado do estar...
Acho mesmo que isso é ser...
É assim que se percebe que tudo se conecta a tudo...
Hoje sinto que escorrego pelas minhas mãos,
Mas isso é o que eu sempre quis!!!
O que é que me faz querer versear a própria poesia???
Vivo hoje num eterno - apesar de relativo - estado animal.
Desfruto da total leveza desse instante, que transcende e faz brihar cada pedaço de minha alma.
Vivo agora numa tentativa louca de tentar desvendar pensamentos, quando na verdade não consigo controlar os meus...
Essa confusão é gostosa, alimenta o ego, seduz a alma, acalma o corpo, mas eu quero mais!
Mais poesia, rimas e versos em minha vida cheia de frases encaixadas que, tolas, surgem como indestrutíveis, gozam de liberdade plena, sem consciência de sua fragilidade e inconsistência.
E, se às vezes me faltar inspiração de poetisa...
Espero viver no deleite de desvendar
A dimensão dos versos
Que minhas mãos teimam em censurar...

Iara Ramos

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