terça-feira, 8 de setembro de 2009

Divagações


Hoje por um instante entre as atribulações rotineiras e os momentos de paz pensei em reavaliar meu papel na sociedade em que vivo... é certo que as mulheres com as quais convivo não são portadoras de títulos em demasia, porém são pessoas com capacidade enorme para amar... isso me deixou um pouco fora de órbita...


Atualmente presencio com frequência manifestações de amor, que estão a todo momento, ao meu redor, e que às vezes, eu, embrutecida que sou, não consigo me deixar contagiar...


É a mãe que luta para criar o quarto filho, numa tentativa de depositar nele o amor todo que derramou fora da bacia e não atingiu os outros três primeiros;


A vó que constantemente passa por cima de seus valores e crenças, e tradições e convicções, somente para que o seu legado seja de confiança e otimismo;


A esposa que persevera em busca de uma fé que ainda não está em si... mas que pretende plantar dentro do marido para que brote enfim uma esperança para o casal;


A filha que luta incesantemente contra a maré (literalmente) mas vai dar o orgulho de vencer na vida para si mesma e principalmente para os pais que tanto esperam dela;


A namorada que retribui meio a contragosto todos os mimos e exageros do namorado apaixonado, apenas para que um não ame mais do que o outro;


A neta que trilha um caminho do bem, preservando a moral e os bons costumes, ainda que retardando um desejo enorme de "adolescer", já que outros esperam tanto dela...


A professora que processa o ensino do conhecimento de maneira sistematica e absurdamente compreensível por meio de atos de carinho, atenção, amor...


A bióloga que luta dia a dia contra predadores do seu próprio mundo e da sua própria espécie, somente pelo prazer e sensação de dever cumprido...


A jovem que acredita no amor... apesar de todos os desamores que encontrou... na certeza de que o príncipe encantado virá... pois ela é certamente a princesa dos contos...


È de mulheres assim que estamos rodeados por todo o tempo... e são mulheres assim que nos ensinam que amar é sentimento único, e que se transforma em barreira intransponível aos possíveis obstáculos que com certeza aparecerão no caminho


Hoje percebo que o meu papel no mundo apesar de todo o conhecimento, de tudo o que pretendo adquirir (fisica-quanticamente falando kkkkkk), é o de ser um ser que ama...


Incondicionalmente...


Talvez esse seja, até hoje, o maior segredo feminino, nunca revelado ao homem, e que nos dá essa magnitude de "ser"... e por isso mesmo "estar" tão plenamente nesse mundo incrível ...


Amemos...


Se você se identificou com alguma dessas mulheres não se assuste ... é de você mesma que estou falando...

E se você não se identificou com nenhuma... não fique triste... não seria tão belo se qualquer um pudesse descrever todas as mulheres que podemos nos tornar...



2 comentários:

  1. Li este seu escrito e pude ver vc da maneira que vc mesmo a vê. É interessantíssimo como você traduz as mulheres com quem convive....
    Sou uma delas, eu acho... e quanto ao deixar-se contagiar... penso eu que o contágio não é uma escolha, acontece algumas vezes, sem sabermos por qual motivo e toma conta de tudo.

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  2. Eu me identifiquei com a menina da maré contrária. rsrsrs

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